Sentindo-me um pouco inspirado por algumas das "observações/sugestões/críticas" lidas noutros espaços (mormente sobre a minha participação no III Fórum Internacional...), eis que me ponho a pensar em alguns dos nossos processos mentais/cognitivos, pessoais e profissionais e a forma como eles se reflectem na nossa prática.
Apesar da minha reflexão sobre (alguns) destes temas não me ser nova (o meu Blog pessoal é fértil em algumas delas), há "áreas" que me "preocupam" bastante, essencialmente porque se perspectivam (na minha opinião) como fundamentais na Educação de Infância.
Deixo aqui, de forma simples (e simplificada) algumas das questões/contradições que passamos a vida a fazer (e, infelizmente, às vezes, nem "paramos para pensar"):
- Damos, no Dia da Mãe, "luvas de cozinha", "aventais" e "panos de pó" decorados às Mães e mulheres em geral, e depois passamos a vida a dizer que: "as mulheres são discriminadas, etc., etc."...
- Passamos a vida a dizer mal do futebol, do dinheiro gasto em estádios sem utilidade, mas depois damos uma bola (de futebol) aos nosso meninos para eles "irem para o recreio brincar"...
- Somos pelas "novas experiências", mas nem sequer nos damos ao trabalho de passar por uma "loja dos chineses" para comprar uma bola de rugby (por 2€), de forma a que as nossas crianças "conheçam" outras modalidades desportivas (claro está que, as regras do futebol, até para nós, são mais fáceis de explicar, e não nos "incomodamos" muito a ter que ir saber mais...),
- Temos um discurso "anti-tabágico" cerrado e depois, à porta das nossas escolas, "concentramo-nos" a fumar...
- Somos pela "criatividade", mas depois gostamos (e compramos) as revistas "Educadores de Infância", "Educação de Infância" e outras do mesmo modelo...
Poderia continuar um bocadinho mais, mas acho que, por agora, já serve...
Cumprimentos e Bom Trabalho,
Henrique